quinta-feira, 8 de novembro de 2007


estou muito frágil
e peço que tome cuidado com as coisas
das quais escrevo
tenho medo de ser mal interpretada
e parecer que estou com uma navalha na mão
me sinto e expresso com uma tal gravidade
que é propria de mim
e coloro o cotidiano
com minha escuridão
sim,
pois sou um misto de luz e escuridão
e elas se manifestam
em horas não definidas
com intensidades catastróficas!
haverá alguém pra entender?
ou melhor,
pra me dar a mão
e me trazer a tona pra respirar???
hoje a noite
sei que ela me espera
em meu quarto
já cedo chama meu nome
mas eu ignoro
e tento escutar o canto dos pássaros
e vejo no olhar daquele
homem faminto,
que sou faminta de alma...
passam horas
que me são roubadas
como os pensamentos
também são
e ladram todos os cães
eu já os ouço implorando
pois eu agora
também à espero
acendo meu cigarro
e ouço as músicas
que já não mais despertam
amor, nem dor...
e mais um cigarro
e lá vêm ela
toda mistério
toda silêncio
com seu olhar inquisitor
vêm explorar meus vazios
ela que pra ser criada
vêm roubado minhas manhãs
e tempestades
ela que precisa de missa
e de suas redenções
ela que és metade minha
eu, seu desespero
por coninuar viva
eu que sou toda
biológica
e ela, trasmutação...

Um comentário:

˙·٠•● ѕεறிoτιvo ◦ disse...

Que post magnífico. A foto, incrível!! Amo fotos em preto e branco!

Acho que todos nos sentimos assim. Essa trnsição é muito ruim mesmo, mas como tudo tem um porque, deixe as profusões de sentimento levar vc até onde deverá estar.

Abraço

Ray