quarta-feira, 30 de abril de 2008

Para o homem que caminha


Estamos sempre perdidos no caminho
às cegas
seguimos em frente...
Houve o tempo em que quis ser vento
e quem é vento vive mais
sente o coração pulsando forte...
se vai ao longe
porém,
não consegue controlar o destino...
Houve também o tempo em que quis ser pedra
e ser pedra
é ter a segurança
e ter tempo para contemplação...
é previsível
porém,
a inércia
acaba corroendo os sentimentos...
hoje
estou tentando ser como as folhas
com seu tempo de espera
contempla o tempo do crescimento
e na hora certa
lança-se em seu vôo do descobrimento
e neste momento torna-se fértil
no solo em que toca
E como mágica
transforma-se em mecanismo de transformação
E dela pudesse nascer um simples arbusto
ou uma estrondosa árvore

Todo dia é tempo para ser feliz
só se chegar ao topo
aqueles que tem a ousadia
de subir o primeiro degrau
e para aqueles que não paralizam
no medo de não alcançar a felicidade....

terça-feira, 29 de abril de 2008

Eu falei
você falou...
Discutimos sobre o amor
calorosamente...
Mas porque a paixão
causa taquicardia???
Silêncio
e o mundo parou
Não havia resposta
Então rimos
pois não fazia diferença...
E no entanto
tanta necessidade
de ter você por perto
Mas não sei se quero...
Então enterro você
como flores de maio
mas não choro
pelos meus espinhos
hoje estou catalogando-os...
E neste momento
minhas esperanças
mortas cicatrizam
Enquanto outras feridas
são desferidas à alma...

domingo, 27 de abril de 2008


Imagina que me amas

só um pouquinho de sua alma

eu necessito

em minha inocente espera

sou criminosa

roubando pequenos detalhes teus

mas sou condenada

em tempo presente

e me sinto asfixiada

meu coração despedaça-se

em contrações desconexas

preciso te ver hoje

para morrer mais um pouquinho

mas não venha com suas palavras triviais

pois o que mais amo

é teu silêncio

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Pinto as unhas de vermelho
vermelho sangue

que é um disfarce

para a dor de ser só

Tenho medo

de me tornar desinteressante

Para quem?

- Para a vida

acho....



"Somos iguais

em nossa diferença tênue"

terça-feira, 22 de abril de 2008

Photobucket
Quero juntar
meus descendentes aos teus
E escrever nos papiros
de nossas vidas
Histórias de sol e chuva
lágrimas e riso
E espantos
de ver
de tempos em tempos
A flor do nosso amor
desabrochar como prece
"NOVA FASE"

domingo, 20 de abril de 2008


Quando se usa as asas da imaginação

seus pés podem até tocar o chão,

mas seus pensamentos

estarão sempre voltados para as nuvens...

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Só quero ser feliz
como você diz ser...

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Foto de Sílvia Roman
Sou veia estancada
sou rio que não chega ao mar
Se tranquei as janelas do meu coração
e para me proteger,meu bem
da decepção que é ser frágil...
e o que quebra em mim
não existe mais possibilidade
de juntar os cacos
e retornar ao estado original – jamais...
Já não há chão
para eu tocar meus pés
o cigarro queimou
no cinzeiro
e tomo o ultimo gole
do meu café frio e amargo...
O que doí não é ter vivido
e sim o que deixou de se viver
Existem caminhos
e flechas lançadas ao acaso
Mas as tempestades desse ano se foram
juntamente com o verão
e as aves migratórias...
Não sei se sinto calor ou frio
Encapssulada em meu eu
Choro baixinho
que é para não acordar meus fantasmas
Existe uma conspiração
que zomba de minha fraqueza juvenil...
Mas não espere
que eu me levante agora
talvez nossa valsa nunca aconteça
Vou conter todo o sentimento...
Minha cidade não é habitada
por sonhos de amor
Quero o cinza da tardes frias
sou trancada no espelho das desilusões...

sábado, 12 de abril de 2008

Onde a Dor Não Tem Razão

Canto
Pra dizer que no meu coração
Já não mais se agitam as ondas de uma paixão
Ele não é mais abrigo de amores perdidos
É um lago mais tranqüilo
Onde a dor não tem razão
Nele a semente de um novo amor nasceu
Livre de todo rancor, em flor se abriu
Venho reabrir as janelas da vida
E cantar como jamais cantei
Esta felicidade ainda

Quem esperou, como eu, por um novo carinho
E viveu tão sozinho
Tem que agradecer
Quando consegue do peito tirar um espinho
É que a velha esperança
Já não pode morrer

Vanessa da mata

quarta-feira, 9 de abril de 2008

MUNDO DE FANTASIAS


Quero escreverte um poema

e mandar pelo correio eletrônico

clicar em enviar

de olhos fechados

que é para não perder a coragem...

e depois,

coração apertado

me arrepender...

mas só um pouquinho

digo de passagem,

pois sou dada à vôos em precipício...

Sei que depois disso

tudo irá mudar

Estranho pensar

que você não participa de nada

nesta fantasia que eu criei

Neste meu mundo

que eu te inseri sem sua permissão...

Talvez se te contar

tudo isso

você pense ser loucura

ou apenas sorria....

Mas para quem já viveu

em um mundo de sonhos

a realidade passa a ser algo vil

e meramente trivial...

Então,

se te trago para o meu mundo

é só para te proteger

do grande mal

que é estar vivo

neste mundo aonde é piegas

se apaixonar

e dizer

o que está sentindo...

E a ditadura do silêncio

consome os detalhes da vida

e nas molduras da alma

faltam personagens

nas fotográfias...

é são estirpados

mais lugares na mesa de jantar...

" e por mais um dia


eu perco a coragem


e ele não saberá o que se passa


dentro de mim"




segunda-feira, 7 de abril de 2008


Perguntaram a Dalai Lama:
- O que mais te surpreende na humanidade?
Dalai Lama responde:
- Os homens... Porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem dinheiro para recuperar a saúde.
-E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem do presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente nem o futuro.
-E vivem como se nunca fossem morrer...
E morrem como se nunca tivessem vivido.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

PASSO NESTE CAMINHO, É SÓ PRA TE VER...


Estou colecionando
Detalhes de você...
Como aquele que peneira areia
Na tentativa de encontrar ouro...
Mas somente o que reluz
São aqueles momentos
Em que você sorri
E olha em meus olhos...
Tenho que te falar
Que tenho sonhado muito contigo
Sonhando acordada
E me pego rindo pelos cantos...
Sei que posso nunca te dizer
Mas sei que ainda
Durante uns tempos
Esterei precisando de você...
E da sua visão
E seus passos calados
Quero escultar tua voz
E sentir o arrepio que sinto
Quando está perto de mim...
Tenho certeza que não sabes
O que provoca
Quando diz meu nome...
E nem tão pouco sabes
Que procuro passar perto de ti
Para que me note um pouco...
Estou cada vez mais
Retornando a um tempo perdido...
Aquele tempo em que se omitia
O que se está sentindo,
Por mais que sinto
Que sabes o que estou pensando...
Então eu ando por ai
Canto músicas
E fecho de leve os olhos
Vêm você em meu pensamento...
E quando vou dormir
Busco todas as memórias de você
E te levo comigo...
Sei que mais um dia vai chegar
E que passo neste caminho
É só pra te ver...
Vai chegar mais um
daqueles dias da semana
Em que posso te ver
E eu espero que nem uma criança
E vou contando todos os amanheceres...
Sei que são apenas pouquissímas horas
E sei que tudo acaba tão rápido
Assim como as batidas do meu coração
Quando tocou minha mão...
E não sei parar de olhar você
E gostaria que você lesse em meus olhos
Tudo que meus lábios
Não conseguem dizer...
Queria mesmo que o tempo parasse
E queria mesmo é passar
Todo o resto dos meus tempos
Pensando em ti...
Pois você me faz querer
Ser uma pessoa melhor
E isso somado
É somente paixão...
Se não, somente uma
Diria a melhor...

quarta-feira, 2 de abril de 2008

AS PALAVRAS

É preciso apanhá-las
quando orvalho e metal
explodem da glande
sob as vistas de sagitário.
É preciso.
Antes que um réptil afoito
roce a folha
e a gota caia,
é preciso apanhá-las.
Para o sono dos que dormem
com a terra,
é preciso.


Água: ultramarino lince/horizonte:
corcéis bebendo o néctar;
araras ecoando fontes.
o mito das águas fundas.
Perdidas auroras:
Náiade do sem fim.
Perdido peixe-boi, vário passar ao longe.
Vênus despertada.
Órion constelada.
Bêbados ? abissais ângulos da madrugada ? amores fenecidos.
(Como doer na madrugada dos pardais?)
Boto, peixe-boi
lendas a esconderem-se do limbo das palavras
no istmo do próprio organismo,
a inebriar-se de ti.
Em mim: saudade
e desesperança.

Onde o mais profundo do mar?
Na espuma do seu rosto,
no sal, em lágrimas, em órion,
está o mais profundo, a face,
a faca descendo
lenta: a manhã.
Não nos seixos submersos
que guardam as ranhuras do osso
mas na epiderme que o olhar toca
está a taça ? safira e musgo
margem e rio.

Onde se desfaz o mar, em beijo
e areia é que apanho nuas,
luas-espuma, as suas fossas-mistérios.

Onde o mar é mar é só espuma;
toda lágrima, toda face, recriando sempre
em espumas, nosso coração mais duro:
latejante alvo que em golpes vermelhos
soluça no que há de maior afeto
entre espuma e areia.

do "Rafa"
obrigado pelo texto
e pela foto
que traduz muito meus sonhos