segunda-feira, 22 de setembro de 2008


Te entreguei meu sonho
e não consigo mais dormir.
Fico sem admitir
que perdi meu coração
em algum velho refrão
de uma canção
que não sei quem cantar.
Adormeço com lembranças
e acordo com saudades
que descrevem a felicidade
com os contornos
de tua simetria.
Pra não cruzar tuas fronteiras,
fiquei sem azimute,
procurando no horizonte,
onde meu sol se pôs.
Vou contar os passos,
medir distâncias,
ignorar os fatos
que me deixaram sem pátria.
E a vida,
de cores tão intensas,
se transformou num poema
sem paixão.

3 comentários:

David Monsores disse...

Poema bonito, porém triste...
Um beijO!

˙·٠•● ѕεறிoτιvo ◦ disse...

O poema tem paixão sim, e muita. Pena que ela só está em um coração. Cupido burro... pq ninguém dá logo um óculos pra ele? Se ao menos fosse canhoto*... aí sim tudo daria certo.
*geralmente os canhotos possuem boa pontaria.

Estava com saudade! ^^ Beijããão

Ray

Ghost disse...

esse amores selvagens, inacabados. Gritando interiormente. Essas sensções que fogem, instantes, mas então retornam. Que geram uma palavra suave, nostalgica, e logo após traz um grito em raiva, sufoca! ah... liberdade, realização, liberdade... esquecimento puro, inalcançavel, para este amor, mas somente para ele. Fonte de inspiração, de desilusão.

como pode? ... gerar horizontes tão ambivalentes? tons em cinza, tons coloridos; lágrimas ou belos sorrisos? ou mais, reunir tais sensações, em um único instante?

que bom que os pensamentos não reinam nesse mundo interior.........