Só aquele que permanece inteiramente ele próprio pode,
com o tempo, permanecer objeto do amor,
porque só ele é capaz de simbolizar para o outro a vida,
ser sentido como tal.
Assim, nada há de mais inepto em amor
do que se adaptar um para o outro,
de se polir um contra o outro,
e todo esse sistema interminável de concessões mútuas...
e, quanto mais os seres chegam ao extremo do refinamento,
tanto mais é funesto de se enxertar um sobre o outro,
em nome do amor, de se transformar um em parasita do outro,
quando deve se enraizar robustamente em solo particular,
afim de se tornar todo um mundo para o outro.
Lou Andreas-Salomé
5 comentários:
entendo os aspectos críticos da postagem.
mas, infelizmente, o "amor" exige essa adaptação, sem a qual, seria impossível coexistir.
conservamos parte originária de nós mesmos, mas adquirimos, secundariamente, traços da pessoa amada.
assim é o "amor", foge das frias razões e nos confere emoções que muitas vezes não podemos controlar. nos faz adotar comportamentos que não nos são inerentes ou atos que não correspondem a nossa vondade consciente.
certamente, o "amor" é uma espécie de escravidão refinada, que em certos pontos, assemelha-se a um parasita.
enfim... nada no "amor" beira a perfeição ou o idealismo.
sonhos... estes sim! são idealistas e perfeccionistas por essência.
Bjos!
Legal falar nisso... A incompletude de duas pessoas não se desfaz no amor, é a incompletude que faz a busca
O amor torna aquilo que é incompleto, ainda mais incompleto, esfarelando o concreto e fazendo o um e outro sonhar
BeijO Fê!!
Oi Fê! qto tempo? como vc está?
manda notícias...:)
tenho que concordar com o Ghost Grey, ele foi perfeito no comentário, penso exatamente como ele.
boa semana.
sempre e bom voltar e ver este blog tao lindo...
Olá mocinha! quanto tempo hein?! estava morrendo de saudade deste cantinho aqui. ^^
Lindo texto,mas fiquei muito impressionada com essa foto! linda demais gente, mit bem feita!
beijos
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