sexta-feira, 1 de junho de 2007

Me deixe viver esse instante.
Não me fale do amanhã,
nem me pergunte sobre o antes...
Eu sou esse exato momento.
Esqueci das regras de gramática,
as etiquetas na mesa,
os gestos elegante
sou as palavras de reverência.
Estou vivendo a vida.
No olhar que se perde no horizonte,
nos cabelos que balançam ao vento,
na pele arrepiada pelo frio...
Estou em paz,
distante dos males,
radiante com os frutos,
que saboreio pelo caminho.
Podem me chamar de lunático,
amarrarem meus punhos,
amordaçarem minha boca,
cegarem meus olhos,
pois jamais prenderão meu coração.
Das pedras que me jogaram,
construí meu abrigo.
Dos restos que me deixaram,
alimentei minha alma.
E renasci,refazendo as frases,
compreendendo as fases
em que a lua não brilhou em mim.
Pois também sou assim...
Um reflexo do mundo,
que vi de cima do muroe guardei pra ti...

Rafael Reis

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