domingo, 12 de agosto de 2007

Poema de duas embriagadas


Agora sentada entre o alcance
me sinto
lúcida e calma
mas às vezes
muito triste e só
agora eu
perdida aqui
livros e sonhos
distante esse mundo
em que tudo era possível
lembro de vales
chuvas e pôres-do-sol

eu via eu e você
e cores de arco-íris
e nós deitados esperando o infinito

parecia eterno cada momento
às vezes pesava no fim
e doia
mas eu sabia que eu me amava
e me sentia confiante

neste amor inesgotável
de mim
sobre mim
e me sentia sóbria
mesmo embriagada
em amores errados

nevoas não se dessipam agora
meu silêncio
espera minha alma
ouve um tempo
de beleza, flores
e tempestade
mas você
e seu teatro tão ultrapassado

não ouve risadas
e ninguém

Fernanda e Patrícia

2 comentários:

Silvia /('.')\ disse...

tenha uma ótima semana, ame tudo que fizer, seja vc sempre, é tudo que a vida pede, nada mais que isso.

obs(sua mãe disse que o preço é o que a loja disse mesmo.)

David Monsores disse...

Tu escreve cada vez melhor, está muito tocante a poesia, é possível sentir o que ela diz, as palavras tocam além do ouvido, a alma!!
Gosto muito de tii, beijo!!