quinta-feira, 30 de agosto de 2007





















Espetam-se-me agulhas na pele,
perfuram a carne do peito,
até ao interior do coração.
.
Aquele bater mais complexo
que se arremessa contras as membranas
tem a exacta morfologia das lágrimas
vindas com a chuva intensa que cai lá fora;
essas mesmas que povoam os meus olhos:
porque não estás aqui,
porque não sei onde estás,
porque o teu silêncio me sacrifica
como se fosse vítima de um acidente de viação.
.
Sinto o formigueiro na zona das finas pontas metálicas,
mas esse não apaga - por mais eficaz que seja-
o conteúdo do que está dentro dele.
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Sei que é fácil a tristeza
sei que é fácil morrer,
difícil é olhar o vazio...
Impossível é deixar de amar-te.
.
E a chuva continua a cair (sobre a pele?)
tuas mãos em cada gota,
teu interior com trovoada de prazeres...
Se neste instante pudesse navegar-te,
unir meu coração ao teu fisicamente...
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Não precisaria de agulhas para ter a terapia...
Da acupultura no coração.
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rain

3 comentários:

David Monsores disse...

E aew Fernanda!!
Tu anda sumida hein! como tás?
Mais uma vez, parabéns, perfeito o que escreveu, complexo mas simples ao mesmo tempo, com boas palavras, posso pegar esse pra mim?
Você tá arrasando escrevendo, D+++, eu viajei lendo, acho que um poema ou qualquer coisa que leio, acho que é bom, quando as pessoas podem entrar naquilo, quando você consegue exteriorizar, mesmo que seja algo instrospectivo, esse é o mais difícil e você faz isso como ninguém!!!
Um Beijo pra tii!!!

David Monsores disse...

ahh foi mal, achei que era teu o texto, parece contigo escrevendo, mas sem dúvida tu mandou bem em postar esse!!!

***SONHOS*** disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk